terça-feira, 1 de outubro de 2024

LibreOffice (Poema com palavras onomatopaicas)

VOZES DOS ANIMAIS

Palram pega e papagaio
E cacareja a galinha
Os ternos pombos arrulham
Geme a rola inocentinha


Muge a vaca, berra o touro
Grasna o pato, ruge o leão,
O gato mia, uiva o lobo
Também uiva e ladra o cão.


Relincha o nobre cavalo,
Os elefantes dão urros,
A tímida ovelha bale,
Zurrar é próprio dos burros.


Sabem as aves ligeiras
O canto seu variar:
Fazem gorjeios às vezes,
Às vezes põem-se a chilrear.


O pardal, daninho aos campos,

Não aprendeu a cantar;
Como os ratos e as doninhas
Apenas sabe chiar.


O negro corvo crocita,
Zune o mosquito enfadonho,
A serpente no deserto
Solta assobio medonho.


Chia a lebre, grasna o pato,
Ouvem-se os porcos grunhir,
Libando o suco das flores,
Costuma a abelha zumbir.


Bramam os tigres, as onças,
Pia, pia o pintainho,
Cucurica e canta o galo
Late e gane o cachorrinho.


A vitelinha dá berros
O cordeirinho balidos,
O macaquinho dá guinchos,
A criancinha vagidos.


A fala foi dada ao homem,
Rei dos outros animais:
Nos versos lidos acima
Se encontra em pobre rima
As vozes dos principais.  

      

            

 PEDRO DINIZ